sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Money never in Wall Street

Continuando seguindo o rastro de dinheiro desde a Wall Street de Leonardo di Caprio, vamos nos encontrar na mesma rua com... em uma história que busca vingança e redençao ao mesmo tempp

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Wall Street na Netflix

Entender como funciona essa versão contemporânea de um burgo medieval é tão estimulante como os próprios filmes que o representa. São filmes que nos aproxima de uma realidade tão virtual que quase esquecemos que ela é bem concreta e comanda a nossa vida, ou o nosso lifestyle. Uma rua, uma avenida no mundo todo que concentra as riquezas do reinado enquanto olham pra cima se perguntando como fazer para ir ao outro lado do muro é por si só um personagem. Vamos passear por três obras cinematográfica que utilizam essa rua como cenário, titulo, protagonista para buscar uma compreensão sobre quais tipos de pessoas brilham nos burgos enquanto sonham em entrar na corte e tomar o lugar do Rei
O lobo de Wall Street, estrelado por Leonardo di Caprio em e dirigido por é um desses.  A natureza primeira é sempre evocada para nos lembrar ou nos permitir uma desculpa de que os que nos impele é uma certa sobrevivência animal. O lobo do titulo, se junta na primeira imagem de um leão que metaforiza essa selva financeira que é o mercado mundial de capital.
O filme traz o universo competitivo do mundo dos investimentos a partir de uma financeira e de seus corretores. Um, em particular. Seu dono. Jordan. Ele conversa com seu espectador e lhe apresenta em 4 minutos 49 segundos por quê é  tão bom ser rico. Quanta droga, bens móveis e imoveis, mulheres e até causas sociais, culturais, politicas e ambientais você pode ter apenas possuindo uma coisa: dinheiro. Bem, as outras horas minutos ele passa nos mostrando como conseguiu isso indo ao lugar no final do arco-iris: Wall Street. Mas tudo isso serve para manter o parque funcionando, para manter os clientes, aumentar as comissoes que é, afinal, o modo do corretor ficar rico. O corretor, não o cliente. Ao cliente, sobra a ilusão da riqueza. E um sistema e tanto, não? O perfil é de um drogado, sociopata e mentiroso, mas divertido, fanfarrão e, claro, rico. São loucos e precisam ser. Mas isso é Wall Street. O que Jordan nos faz conhecer é Long Sland. E ele brilha! 72 mil dólares em 01 mês vendendo "lixo para lixeirios" em ações de centavos de dólares. E ele começa a ter seguidores. E eles eram improváveis! Mas vendiam qualquer coisa a qualquer um. E esse era um bom time para começar uma empresa de investimento financeiro. E a empresa cresce e eles ficam ricos. O cara tem o dom de iludir e ensinar a iludir. Mas o que fazer quando você tem todo o dinheiro que nunca nem conseguirá gastar e nenhum escrúpulo? Was heaven in earth. Até que essa expulsão acontece. Viciado em drogas, viciado em sexo, viciado na adrenalina e no estilo de vida, ele é simplesmente colocado pra fora desse mundo. Um lobo velho vivendo numa reserva florestal? No way! Odiado por muitos, amado pelos seus, sem aceitar um "não" como resposta. O lobo só sai da selva morto ou, pelo menos ferido. E o abatem. E enjaulam. Não só seu corpo, mas sua alma. Quer ser rico? Aprenda a vender
O trabalho do Diretor com as sequências rapidas e os slowmotion torna-o um filme divertido, bem feito e até certo ponto didático. As passagens do tempo e a conexão é fabulosa. O fime começa na metade. Isso torna tudo mais interesante a quem assiste Pois se nunca pensei em corretagem e investimento na vida, isso saiu completamente do cardápio a partir desse filme

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

CRIMES DE DAVID FINCHER

Mais um de DF para minha lista de "Uau!".  Sinto que encontrei meu Diretor de Cinema favorito.

"Se7en"(1995) tem uma história simples, de baixo impacto de ação e trazendo os elementos clássicos de um filme policial dos anos 1990. Dois policiais, um mais velho a sete dias de se aposentar, e outro mais jovem, iniciando como detetive se deparam com um serial killer que utiliza os sete pecados capitais como metáfora para seus crimes. Por quê essa escolha psicológica é o que nos leva a assistir e nos torna investigadores desse policial com Morgan Freeman e Brad Pitt protagonizando o filme.


E a caçada começa!
Mais uma vez o tipo humano é o que atrai Fincher, aquele psicopata em potência que existe em todos nós.

O método de trabalho também faz parte desse conflito tão humano que e a diferença de gerações. Ressaltando que um veio para ficar no lugar do outro e o mais velho é esse que vai cuidar da transição do jovem. Um clássico durkheimiano da geração mais velha educando a jovem, enquanto esta se rebela quanto aos seus métodos, ao mesmo tempo que não pode deixar de levar em consideração simplesmente por que funciona! Um curioso conflito humano dentro de um filme policial que só nos remete a refletir sobre a particularidade desse Diretor.
Um pedido de ajuda do criminoso nos leva a outro nível. Empatia é o que DF nos convida agora. Mas ajuda pra quê? Um universo de perguntas e a atuação desses hoje consagrados atores mantem o foco na pessoa por trás dos crimes. Mas a ajuda não era para o criminoso, era pra vítima. O que nos leva à um nível de horror ante a capacidade humana para transgredir.

"Garimpando diamantes em uma  ilha deserta. Guardando-os para o caso de sermos resgatados"

E aí a monstruosidade de uma inteligência a serviço do mal aparece. E você literalmente pula da cadeira. Mas inteligência se combate com inteligência. E nessa hora percebemos um outro conflito: razão e emoção. E se não forem conflito? E se forem a união de forças antagônicas criando espaço para um universo organizado, mas não ordenado?

Um ótimo filme para pensarmos os humanos e suas possibilidades de (des)humanidades. Um ótimo filme.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

FILME EXEMPLAR: GONE GIRL

Uau! É o que dizemos ao terminar esse filme. A primeira hora do filme parece mais do mesmo. Você já viu, conhece a história, até viu num jornal ou ouviu da amiga. Mas, então, tudo muda. E você passa a olhar a vizinhança sob outra perspectiva. Quem é o sociopata dessa história? Quem é o criminoso? Essa é a perguntas difícil de responder.


Gone Girl, no Brasil Garota Exemplar é a história de Amy e Nick. Que nomes mais americanos, não? A marca de David Finch está lá nos fazendo pensar sobre o que escondemos por trás de olhares, estilos de vida, escolhas de decoração. Toda essa perfeição burguesa para a qual nos empurram dizendo que normal é bom, que sensatez é casa de pé direito alto, filhos no curso de inglês e SUV na garagem. Gosto do estilo desse diretor. Essa ideia de "somos todos culpados" é bastante atual. Sem mocinhos, sem bandidos. Homens e mulheres tentando atravessar essa odisseia vivos.
Finch nos coloca dentro da casa do vizinho e nos leva a refletir sobre nossa própria historia de classe média medíocre.
Amy é uma mulher culta, linda e gentil que inspirou as histórias infantis Amazing Amy, escrita e ilustrada por seus pais. Ela conhece Nick e faz dele seu projeto pessoal de homem ideal. Mas Nick não é nem de longe o cara descolado, brilhante e charmoso que ele quer ser, que ela deseja e que eles tentam fazer parecer. Entre jogos românticos e perigosos, eles chegam no campo da mediocridade ao qual se encaminham um casal em quando perdem a admiração um pelo outro.
O jogo não tem mais graça e é preciso passar para o lado mais dark da relação.
Parceiros no crime, eles encontram um modo de permanecer no jogo. Qual crime? O de ser o perfeito casas burguês.

domingo, 28 de agosto de 2016

VIDAS EM JOGO NUM FILME

Um clássico tem esse nome por suas razões. Ele sempre tem o que nos dizer, é atual independente de seu tempo histórico, nos identificamos com ele independente de credo, posição política ou estilo de vida. Somos transportados e nos sentimos convidados à apreciação artística.

"The game" é uma resposta à ricos entediados com suas vidas endinheiradas. E começa como todo jogo: um convite e algumas regras. Mas mais importante é a própria regra estabelecida no filme pelos vendedores do serviço: você pode sair quando quiser. Isso gera certo conforto ao jogador. Diferente da vida real, a vida no jogo é uma opção.  As ações são entretenimento e tudo é, para dizer o mínimo, intrigante.

Para um lobo de Wall Street, intrigante é uma palavra extremamente motivadora. Por isso, a escolha do lugar social do personagem de Michael Douglas é importante para que a trama seja tão significativa. Uma história pessoal que envolve controle, egocentrismo, individualismo e sucesso deixa entrever que "entrega" a esse tipo de jogo não é exatamente algo que possamos esperar dessa persona.

Mas o convite é feito por alguém próximo, a partir de um jogo de palavras literárias, no dia de seu aniversário como uma surpresa à alguém que não gosta de ser surpreendido.



Temos ingredientes fanstásticos! Temos um filme fantástico?

Bem...aí depende...se você gosta de jogos. Eu considerei um suspense psicológico. Você espera que alguém vá morrer a cada cena e ele não surpreende apenas a Nicholas Van Orten, ele surpreende você. Em como os personagens vão entrando, em como a história vai adensando, em como a narrativa vai se desenvolvendo.

Eu gostei.

E tem a marca autoral de David Fincher. Só isso já vale.

Go for!

Vidas em Jogo (The Game) - 1997. Dirigido por David Fincher. Escrito por John D. Brancato e Michael Ferris. Música Original de Howard Shore. Direção de Fotografia de Harris Savides. Produzido por Ceán Chaffin e Steve Golin. Polygram Filmed Entertainment / USA.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

RENASCIMENTO EM JOGO NO NETFLIX

Rebirth é um filme original Netflix que não alcançou as estrelinhas almejadas. Como isso não é resenha crítica nenhuma, mas apenas impressões de uma espectadora ocasional, é possível que eu não me importe de spoilers ao longo do texto. Mas também não acho que meu leitor deveria se importar. Desde quando conhecimento é motivo para desmotivação? Todos sabem que Romeu e Julieta morrem no final e agente não deixa de ler por causa disso, não?


O enredo é simples e já vimos em filmes do tipo antes, como Vidas em Jogo (1997) e Clube da Luta (1999). Kyle (Fran Kanz) vive um americano mediano, casado e com uma filha. Ele é gerente de mídias sociais (God! Eu nem sabia que isso podia ser um emprego de verdade) de um banco e sua vida é obviamente mais do mesmo, todos os dias. Mas ele parece bem. Ele não nos parece aborrecido, frustrado, triste, entediado. Tais características aparecem (se bem me lembro) nos personagens que protagonizam os filmes que citei antes.
O início do filme vai mostrando em cenas sequenciais esse cotidiano simplório de Kyle, dia após dia, semana após semana. E é quando entra em cena o amigo "malucão" da faculdade o convidando a viver uma experiência espiritual que irá mudar a sua vida. O "Rebirth"Ele fica reticente, mas curioso e acaba topando.
Então, começa uma sucessão de bizarrices que, vamos dá à mão à palmatória, nos leva numa montanha russa que te fazem até pensar que está à frente de um obra-prima. Ou seja, o filme tem ritmo. Não o achei tedioso, mas o achei chato. Como pode isso? Nem eu sei. Mas acho que essa é toda a questão posta no filme.
Veja: o que o amigo de Kyle propõe é libertá-lo da Vida Zumbi que ele leva e nem sabe, é faze-lo sair dessa Dança Zumbi que fazemos todos nós pequenos-burgueses enjaulados. Mas no final é mais do mesmo.
Uma das regras dessa espécie de culto é que você pode sair a hora que você quiser, mas quando ele pede pra sair (e eles "deixam"!) o que você ver é uma pessoa acuada em sua própria casa, chantageado pelas coisas que fez nesse curto espaço de tempo (sim, pq nos dá a impressão de que ele não ficou lá nem até a hora do almoço) e recrutado à usar sua expertise em mídias sociais para atingir mais pessoas. Pessoas para quem a experiência Rebirth com todas as suas frases e gritos de guerra autoajuda podem até se beneficiar. Mas não Kyle e não certamente os amigos dele que estão nessa por dinheiro, numa vida tão Zumbi quanto a outra que levavam.
"Troque sua Vida Zumbi pela nossa Vida Zumbi" deveria ser o slogan. Mas pode nem ser isso por que o filme não traz nenhuma conclusão antes do seu epílogo. O filme tem epílogo, mas não tem fechamento. Pode ser um limite meu, ignorância visual, acadêmica, sei lá. Mas três coisas ficaram para mim ao assistir esse filme: é só mais do mesmo, não é um suspense psicológico e me deu uma puta vontade de assistir Vidas em Jogo novamente. Talvez esse seja o único mérito deste filme na tarde de hoje.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

ALÉM DA VIDA SOMOS APENAS PASSAGEIROS

Também a morte de único homem me diminui, por que eu pertenço à humanidade. Portanto, nunca procures saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti. (John Donne, Meditações XVII, 1624)

A morte de alguém nos lembra de nossa própria mortalidade. O funeral de alguém nos convida a refletir sobre o nosso tempo da Terra. A dor daqueles que amam aquele que foi nos convida a pensar no que existe (e se existe!) para além do mundo que conhecemos.
Cinco filmes para lembrar, refletir e pensar nesta mortalidade que é tão minha como de qualquer um de vocês: O mistério da libélula (Dragonfly, 2002), Premonições (Premonitions, 2007), Passageiros (Passengers, 2009), Um olhar do paraíso (Lovely Bones, 2010), Além da vida ( Here After, 2011).

Tem muita coisa sobre eles pela web: direção, personagens, atores e atrizes, locações, sinopse, críticas. Não é sobre o que vou escrever. Vou escrever o que ficou do que vi, o que me fez sentir, pensar, refletir. É, também aqui, um convite e uma pergunta: quando nada mais restar, o que restará?